Samaritanos. A religião que sobreviveu. Hoje 800 fiéis. Estamos falando dos mesmos samaritanos citados na Bíblia.
São poucos porque só contraem o matrimônio entre si. São muito rigorosos em seus costumes e, dificilmente, aceitam conversões de membros de outras religiões. Já chegaram a contabilizar mais de um milhão de fiéis. Hoje, são pouco menos de 800.
Os samaritanos são judeus. Hoje vivem no distrito de Holon em Telavive (Israel) e Nablus na Cisjordânia (Palestina). Vivem em meio aos conflitos entre israelenses e palestinos. Para os palestinos eles são judeus. Para os israelenses, são gentios (pagãos). Eles procuram não se intrometer no conflito.
Os samaritanos rejeitam a importância histórica de Jerusalém. Não possuem rabinos e não aceitam o Talmud. Acreditam que o local mais sagrado para sua fé é o monte Gerizin. Nele, crêem que Abraão quase sacrificou seu filho Isaac (para judeus, cristãos e muçulmanos, isso ocorreu no monte Moriá). Pela fé samaritana, foi no topo do monte Geruzin que Adão e Eva se encontraram e onde Noé construiu sua arca.
A história diz que na época em que Jesus viveu, os samaritanos se isolaram, buscando distância de Jerusalém. Criaram regras e preceitos próprios, modificaram partes das escrituras judaicas (ignoram os capítulos Profetas e Escritos da Torá), e edificaram um templo só para eles. Só aceitam o Pentateuco que é fiel à lei de Moisés.
O novo testamento cristão, por duas vezes, cita os samaritanos. No evangelho de Lucas, Jesus conta a parábola do bom samaritano, onde um dos fiéis cuidou das feridas de um desconhecido que tinha sido assaltado no caminho de Jerusalém a Jericó. No evangelho de João, é narrado o encontro de uma mulher samaritana com Jesus.
As passagens fizeram os samaritanos serem vistos como um povo bondoso e prestativo.
Apesar de tantas regras e restrições, os samaritanos lutam contra a extinção, e seus líderes, tomaram a decisão de aceitar casamentos entre homens samaritanos e mulheres de outras religiões. Doze mulheres cristãs entraram no grupo com a condição de aceitarem a praticar os estritos preceitos religiosos, e formarem novas famílias samaritanas.
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